Material ilustrativo para estudos sobre o período barroco da música ocidental

quarta-feira, 30 de maio de 2018

RESUMO DO PERÍODO

Aspectos Gerais

Origem e etimologia da palavra "barroco"
Origens remotas: canções da Idade Média e, mais remotamente, o canto monódico do cantochão (recitativo)
Baliza cronológica: 1600-1750
Centros principais: Início na Itália, em Florença (Camerata Fiorentina), depois em Roma (Oratório, nome tirado ao Oratório de São Felipe de Néri). Na sequência, o barroco foi introduzido na França, na corte de Luís XIV (o "Rei Sol"). A Inglaterra adere tardiamente ao barroco, principalmente com a presença de Haendel. Na Alemanha, que já praticava o estilo desde o início, o período fecha com a criação musical de Bach.

Linguagem e Técnica

Busca de simplicidade formal, opondo-se à complexidade da polifonia renascentista. A essa estética deu-se o nome de Estilo Novo (ou La Nuove Musiche, título de uma coletânea de canções publicada por Giulio Caccini) em oposição à música da renascença, que passou a ser denominada Estilo Velho. A transição de um estilo para outro não foi brusca. Vários compositores utilizavam ambos os procedimentos, compondo também formas originárias da renascença, como a canzona, o ricercare, a tocata, a fantasia, a variação, além de introduzir formas como a chaconne e a passacaglia.

Predominância da música vocal, mas com crescente criação de obras para formações instrumentais.Fixação do tonalismo, pelo abandono progressivo da escrita modal, substituída pela utilização de acidentes (sustenidos e bemóis) e a mobilidade modal, e convergência para os modos jônio (maior) e eólio (menor).

Formas vocais características do período - A Ópera foi a forma instituidora do barroco, na qual algumas partes se destacaram e ganharam autonomia: Recitativo e Ária; Ária da Capo (Alessandro Scarlatti). Formas derivadas da ópera: Oratório e Cantata. Absorção dos Corais.

Formas instrumentais características do período - As Aberturas (francesa, por Lylly, e italiana, por Alessandro Scarlatti), que se tornam autônomas das óperas. Prelúdio Coral. Suíte (expansão da suíte renascentista, de duas danças, para o modelo de quatro danças, expandido ainda para seis danças). O Trio Sonata. A Sonata Barroca (da camera e da chiesa). Concerto solo e concerto grosso (concertino e ripieno, ou tutti). Fuga.

Características principais da linguagem - Reação inicial: adoção da monodia, com uma voz aguda conduzindo a melodia principal, e de um baixo contínuo (baixo cifrado), responsável por uma voz grave que fornecia a nota fundamental dos acordes que deveriam ser preenchidos como acompanhamento da melodia principal. Uso também do basso ostinato. Oposição e contraste, principalmente no uso das dinâmicas (forte e piano) e massas sonoras. O despontar da música orquestral.

Nomes e Obras

Jacopo Peri (1561-1633) - Dafne (1597)
Jacopo Peri (1561-1633) - Giulio Caccini (1551-1618) - Euridice (1602)
Claudio Monteverdi (1567-1643) - Orfeo (1607)
Arcangelo Corelli (1653-1713)
Alessandro Scarlatti (1660-1725), introduz na ópera a Abertura Italiana (rápido-lento-rápido) e a Ária da Capo (A-B-A)
Domenico Scarlatti (1685-1757)
Antonio Vivaldi (1678-1741) - As Quatro Estações
Jean-Baptiste Lully (1632-1687), introduz na ópera a Abertura Francesa (lento majestoso - rápido - danças e repetição da sessão inicial) e, no corpo da ópera, a inclusão do ballet (sequência de danças).
Jean-Philippe Rameau (1683-1764)
François Couperin (1668-1733)
Henry Purcell (1659-1695) - Dido e Enéias
Georg Friedrich Haendel (1685-1759) - Oratório O Messias, Suíte Música Aquática
Giacomo Carissimi (1605-1674)
Heinrich Schuetz (1585-1672)
Johann Sebastian Bach (1685-1750) - Paixão Segundo São Matheus, A Arte da Fuga, O Cravo Bem Temperado